Psicologia Corporal - Reich




A Psicologia Corporal é definida como uma ciência que estuda o ser humano em seu aspecto somatopsicodinâmico, onde o corpo, a mente e a energia são trabalhados em seu conjunto e em sua relação funcional – somatopsicodinâmico porque a mente interfere no movimento energético do corpo e o corpo no movimento energético da mente. Assim, mente, corpo e energia são indivisíveis e devem ser trabalhados em seu conjunto, reconhecendo nas atitudes e no corpo do paciente as impressões registradas durante as etapas do desenvolvimento emocional (caráter). Parte-se da leitura corporal, da investigação da história pessoal, da compreensão do caráter, da massagem e vários outros recursos para a formulação de um diagnóstico dos traços de caráter, da energia e das couraças para criar um projeto psicoterapêutico de trabalho que é individual para cada paciente.

A mente retém os conflitos emocionais durante toda a nossa história e é a responsável pela formação de nossas neuroses. O corpo também retém esses conflitos em forma de couraça muscular, contraindo-se e adotando posturas defensivas como olhos arregalados, boca tensa, apertada, pescoço rígido, ombros erguidos ou caídos, peito estufado, etc.


A Psicologia Corporal se propõe a trabalhar com os indivíduos em seus aspectos físicos e emocionais, possibilitando uma flexibilização ou até mesmo eliminação das couraças de forma que a energia possa circular livremente e a pessoa ser mais saudável nos aspectos físico, energético e emocional. É uma forma de psicoterapia verbal e corporal onde, por meio de movimentos corporais, o paciente expressa seus sentimentos e traz à tona suas lembranças e sensações que ficaram registradas durante sua história.

A primeira escola que buscou fazer essa relação mente-corpo foi a de Wilhelm Reich (Orgonomia ou Análise Reichiana). A partir de Reich, várias outras escolas também passaram a direcionar seus trabalhos em busca dessa interação mente-corpo-energia-emoção, tendo como seguidores: Elsworth Baker, Ola Raknes, Walter Hoppe, Eva Reich, Myron Sharaff e muitos outros, considerados pós-reichianos. (INSTITUTO REICHIANO, 2018)
 
 
 

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