Estudos indicam que vício em tecnologia pode ocasionar depressão e ansiedade

A Universidade Estadual de São Francisco (EUA) indicou em uma pesquisa, com 135 estudantes, que a necessidade de sempre estar "conectado" é preocupante e pode ser considerada um vício, similar ao uso excessivo de substâncias psicoativas. Os estudantes que utilizavam seus aparelhos com mais frequência se sentiam mais isolados, sozinhos, deprimidos e ansiosos.

“Gradualmente, o comportamento de vício em smartphone forma conexões neurológicas semelhantes às de viciados em opiáceos, afirmou um dos pesquisadores.

Atualmente uma pessoa interage nada menos do que  2.617 vezes ao dia, em média, com os smartphones. Isso quer dizer que o indivíduo gasta cerca de 145 minutos (ou duas horas e 25 minutos) tocando, rolando ou pressionando a tela de nossos dispositivos eletrônicos. Para alguns, essa interação é tão forte que ficar longe do celular pode gerar a sensação de nomofobia (pavor de estar distante do aparelho).




Para os pesquisadores, o vício pelo mundo digital não é culpa dos indivíduos, mas do desejo das corporações e empresas de tecnologia em aumentar seus lucros. Assim, elas investem em ampliar o número de notificações, vibrações e outros alertas em celulares e computadores e concentrar nossa atenção ali, acionando os mesmos caminhos cerebrais que antes funcionavam fazendo alertas de perigo iminente, como ataques de animais. “Porém, agora, somos dominados por esses mecanismos que antes nos protegiam e garantiam nossa sobrevivência para consumir informações triviais”, avaliou o pesquisador.

Os pesquisadores do estudo sugerem como estratégia desativar as notificações dos celulares e das redes sociais, separar um horário determinado do dia para responder emails e mensagens e estipular horários para realizar tarefas sem quaisquer interrupções são alternativas que funcionam.

Leia o estudo completo na Revista Galileu

https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Saude/noticia/2018/04/vicio-em-tecnologia-pode-estar-ligado-quadros-de-depressao-e-ansiedade.html




Comentários