QUANDO AS CRIANÇAS FICAM PRESAS EM TRAUMAS

A exposição a trauma, negligência ou abuso na primeira infância pode sequestrar o desenvolvimento saudável do indivíduo. Crianças com antecedentes de adoção, assistência social e intervenções médicas precoces geralmente precisam de apoio extra, movendo-se através de pontos bloqueados no desenvolvimento social, emocional e cognitivo. Além disso, o que pode parecer insignificante para os adultos ainda pode ser muito traumático para uma criança.

Exemplos de eventos potencialmente traumáticos para uma criança:

•    Pais brigando
•    Notícias ou exposição da mídia a eventos mundiais assustadores
•    Condições climáticas extremas
•    Humilhação
•    Bullying
•    Assédio moral

Existem sintomas de trauma infantil que podem ser observados pelos pais:

•    Ansiedade de separação aumentada
•    Problemas para dormir
•    Pesadelos
•    Problemas com o controle dos esfíncteres, mesmo após sair das fraldas
•    Demonstra em jogos, desenhos ou histórias a existência de um trauma
•    Apresenta maior irritabilidade ou comportamentos agressivos
•    Problemas de concentração e atenção

Quando a criança apresenta algum desses sintomas, faz-se necessário abrir os canais de comunicação entre os pais e a criança, para entender melhor as experiências que podem estar afetando-a emocionalmente. Enquanto as crianças mais velhas costumam falar sobre suas experiências, as crianças mais novas necessitam se comunicar através de brincadeiras e arte.

Para tratar os efeitos do trauma pode ser necessária uma orientação profissional. Às vezes os traumas que uma criança experimenta são fáceis de identificar, mas pode ocorrer que os pais saibam quais são os traumas, mas a criança desconhece.

Os traumas podem ter acontecido tão cedo na vida da criança que não são recordados. Ou ainda, a criança pode ter afastado da sua mente essas lembranças ou até mesmo, “esquecido”. Quando as crianças não se lembram, frequentemente apresentam os seus efeitos através do seu comportamento. Há com frequência sinais de bloqueio emocional.

Por exemplo estas crianças podem não rir, brincar ou sorrir. Podem ser demasiado obedientes e/ou dispostas a seguir qualquer adulto. Podem ser incapazes de se defender ou de protestar quando são maltratadas.
Os pais, algumas vezes, sabem que algo está errado, mas não têm consciência de que algo traumático tenha acontecido.

Nesse sentido, a terapia EMDR pode ser usada para melhorar a autoestima e ajudar na depressão, ansiedade, comportamento anti-social, tal como mentir ou roubar.

Fonte: EMDR Institute Founded by Francine Shapiro (www.emdr.com); We Care On (2019)


Quadro “The crying boy” de Giovanni Bragolin





Comentários